Crise e Resiliência


CRISE – dois conceitos:




No Chinês, wei (alerta, perigo) + ji (ponto crucial, oportunidade)  formam o ideograma kanji para crise (pronúncia Kikí): o medo de enfrentar a virada despreza oportunidades.
Em Grego, krisis significa situação instável, transformação O sufixo kri é usado:
• Cri ança: ser em transformação
• Cri ação: novidade

Resiliência:

Resiliência deriva do latim resilientia, derivado do verbo resilio (re + salio), significa “saltar para trás”, recuperar-se, voltar ao “normal”.

Na Física, resiliência é propriedade de corpos elásticos: absorvem energia e se deformam após aplicação de força, que, quando cessa, retornam à forma original. Quando a força é excessiva, a deformação é permanente, o corpo deixa de ser elástico, torna-se plástico.

Na Engenharia, o estudo da resiliência é associado à resistência dos materiais.
Há 30 anos foi adotado na Psicologia: habilidade de recuperação após eventos estressantes, traumas potenciais ou crises danosas. A associação metafórica com estresse, flexibilidade, resistência (endurance) e colapso (burnout) é utilizada.

Definições:
• Capacidade de recuperação diante de graves adversidades.
• Capacidade de enfrentar situações de estresse, trauma potencial e crise (elevado impacto emocional).
• Capacidade de recuperar-se de perdas significativas.

Manifestações de Baixa Resiliência em indivíduos:
• É reativo, considera-se “azarado”, fica “chocando”, remoendo os azares.
• Apresenta baixa auto-estima ou insegurança – vacila e demora a reagir.
• Mostra dependência das iniciativas de outrem (figuras de autoridade).
• Durante crises têm emoções infladas, oscilantes com eventual perda de controle.
• Insiste em curso de ação decidido, mesmo que ele se mostre ineficaz.
• Fica exaurido (energia psíquica) enquanto enfrenta a situação.
• Não procura ajuda externa, perde a esperança.
• Nunca volta ao “normal”, leva uma década ou mais para isso.
• Vive doenças crônicas, perde ambições e vontade de realizar.

Atributos de Resilientes:
1. Autoeficácia
2. Autoconfiança
3. Controle de emoções
4. Otimismo
5. Proatividade
6. Flexibilidade
7. Empatia
8. Tenacidade

Dicas para ampliar a Resiliência (APA)
1. Manter boas relações com família, amigos íntimos e colegas.
2. Evitar assumir crises e eventos estressantes como problemas que não podem ser enfrentados.
3. Aceitar circunstâncias que não podem ser modificadas.
4. Desenvolver metas realistas e tomar iniciativas nessa direção.
5. Agir proativamente em situações adversas.
6. Procurar oportunidades de auto-descoberta após perdas.
7. Desenvolver auto-confiança.
8. Manter perspectiva de longo prazo e considerar eventos estressantes em um contexto mais amplo de vida.
9. Preservar uma perspectiva de esperança, esperando coisas boas e visualizando o desejado.
10. Cuidar do corpo e mente, dar atenção a sentimentos e necessidades e engajar-se em atividades prazerosas.
Aprender com a experiência e manter flexibilidade e vida balanceada.

Gestores Resilientes são competentes em:
• Toleram situações que para outros causam estresse.
• Enfrentam resistência a mudanças.
• Gerenciam crises.
• Preservam seu bem-estar e equilíbrio.
• Obtém crescimento pessoal.

No Japão, bambu (take) é cultuado:

• Reverência
• Leveza
• Flexibilidade + Força
• Pensamento Sólido + Flexível
• Crescimento com Força
• Habilidade de superar adversidades

RESILIÊNCIA em Organizações

Definições:
• Capacidade de recuperação diante de adversidades.
• Capacidade do sistema absorver, utilizar e se beneficiar de perturbações e mudanças, persistindo sem mudanças qualitativas em sua estrutura.
• Flexibilidade de resposta ao estresse e capacidade de aprender, adaptar-se e se autoorganizar.

Organizações Resilientes:
• Rápido retorno a condições normais de operação.
• Maior tolerância a estresse e a mudanças.
• Governança corporativa é preservada.
• Retorno à normalidade em termos de rotatividade de pessoal, atração de talentos e condições gerais de saúde.
• Recuperação da reputação da organização torna-se possível.

Organizações Resilientes
Maior em crises internas do que externas.
Maior onde há coesão interna e valores esposados.
Maior onde a liderança é referência, é admirada ou inspiradora.
Maior onde talentosos e clientes mantêm vínculos duradouros.
Maior nas organizações  com sólida proximidade com a sociedade.
Maior onde há transparência; onde a ética dirige comportamentos de todos.
Maior onde há capacidade de auto-organização (reorganização espontânea de energia com objetivos coletivos), porque evita o caos.
Maior onde há capacidade de recuperação: estrutura, sistemas e recursos adequados.

Gestão do Conhecimento promove Resiliência nas Organizações
Gestão do Conhecimento nas organizações não envolve apenas atividades educacionais e de atração/retenção de talentos; nem é apenas plataforma tecnológica; é um sistema.
COESÃO: prática de compartilhar e aprender junto desenvolve cooperação.
RETENÇÃO TALENTOS: auto-realização e reconhecimento como parte dos processos.
VÍNCULOS SOCIAIS: relações de proximidade, empatia e lealdade são exigidas.
ÉTICA: valores pautam convivência.
AUTO-ORGANIZAÇÃO: requer esforço extraordinário, soluções incomuns e risco – exigem boa gestão de conhecimentos.
CAPACIDADE RECUPERAÇÃO: gestão do conhecimento é a parte do modelo empresarial responsável.

Habilidades requeridas para a Espiral do Conhecimento
CRIAR:
• Atitude aprendiz – motivação para aprender.
• Capacidade de enfrentar o desconhecido e a ambiguidade.
• Criatividade e imaginação.
• Investigação e pesquisa.
ESQUEMATIZAR:
• Codificação com uso de linguagem (conceituar).
• Codificação por meio de imagens e esquemas (mapas mentais).
VALIDAR:
• Habilidade de expressão oral (externar ideias).
• Capacidade de diálogo.
• Capacidade de produzir narrativas (com uso de simbolismos e metáforas).
• Capacidade de expressar por meio do corpo e dos movimentos.
• Capacidade de atuar coletivamente.
APRENDER:
• Capacidade de aprender.
• Capacidades: assimilação e acomodação.
• Maturidade psíquica: inteligências pessoal, emocional e social.
• Autenticidade e originalidade.
 Agradecimento: Paulo Yazigi Sabbag, FGV

09 de Setembro Dia do Administrador




Comemora-se no dia 09 de setembro, o Dia do Administrador, profissão de extrema importância em nossa sociedade, motivo que faz necessária a elaboração desta crônica.

Em meio à revolução encontram-se os profissionais administradores, que têm a incumbência de gerir de forma eficiente seu setor, sua empresa e organização. Muitos não entendem a importância dessa profissão, a disciplina de Teoria Geral da Administração (TGA) muitas vezes é pouco assimilada nos bancos acadêmicos. O que não enxergam os demais profissionais, é que cada vez mais os conceitos gerenciais são imprescindíveis. Um belo exemplo é quando o colaborador sobe na hierarquia organizacional, qual é a primeira exigência? Uma especialização na área administrativa, em sua maioria o famoso Master Of Business Administration (MBA), ou se assim preferir: Mestrado em Administração de Empresas.

A arte de planejar, organizar, dirigir e controlar organizações é nobre. O estudo do comportamento humano, da aceitação do feedback, a busca constante pela primazia são características arraigadas dessa profissão, cujo único conceito imutável é a própria mudança constante.

Enquanto a máxima que move as organizações é o lucro, no papel gerencial está o profissional da administração, que conforme Peter Drucker ensinou, buscam acima de tudo a excelência gerencial.

Lembrem-se, o administrador é a condição sine qua non para a eficiência. Precisamos cada vez mais de competência, que só será atingida pelos gestores administradores.

Parabéns Administrador pelo seu dia...!!!

Planejamento ou Fazejamento?


Será que sua empresa faz Planejamento ou Fazejamento?

Esse artigo quer provocar uma reflexão sobre uma realidade que muitos gerentes de projeto e/ou consultores de PMO se deparam no seu dia-a-dia (e pagam por isso!), que é a falta de patrocínio para o planejamento dos projetos nas organizações.

Se olharmos para os atuais 42 processos do PMBoK, 20 deles (quase 50%), são processos de planejamento. Planejamento é o “o carro chefe” do gerenciamento de projetos. É impossível fazer um projeto se ele não for planejado. Você não conseguirá ter previsibilidade dos seus resultados.

O planejamento é que traz o resultado esperado pelo cliente. Já a falta do resultado promove o stress e cobranças sem consistência, que geram ações precipitadas e sem planejamento, que vão originar “planos de ação” imediatistas (mas que podem prejudicar o todo), diminuindo o rendimento e trazendo baixa qualidade.

Planejar, então, vai estabelecer o passo a passo lógico, otimizar recursos, minimizar as perdas e o fazejamento e fará a equipe ganhar tempo mais tarde, durante a execução.

Fantástico, certo? Não há quem entenda de GP e conteste a importância de planejar o projeto. Mas, se é tão importante, porque na prática ainda há tanta dificuldade em convencer as organizações e os altos gestores de que é preciso disponibilizar tempo para planejar os projetos?




Taylor, Ford, Sloan, Deming, Ohno, Nonaka, Takeuchi, Gerson

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