Análise Qualitativa de Riscos com apoio do MS Project 2013

Em continuidade, o Professor Projeto, traz mais um post de Alexandre Paiva, Project Manager and Microsoft Project enthusiastic, onde trataremos a Análise Qualitativa de Riscos com apoio do MS Project 2013.
 
28-03-2013 20-44-06
 
Olá pessoal,
 
A ideia deste post é mostrar como podemos utilizar a ferramenta MS Project 2013 para auxiliar o Gerente de Projeto no planejamento dos riscos do projeto, mais especificamente na Análise Qualitativa dos Riscos.
 
A Análise Qualitativa dos Riscos, conforme padrão de riscos do PMI, tem por objetivo principal avaliar a probabilidade de ocorrência de cada risco identificado no processo de Identificação de Riscos e o efeito (ou impacto) nos objetivos do projeto. Uma vez identificados probabilidade de ocorrência e impacto, é possível então atualizar o registro de risco (Risk Register) – que é simplesmente uma relação de riscos que vai sendo “turbinada” a medida em que evoluímos no planejamento dos riscos – com estes dados e, a partir deles, verificar quais são os riscos identificados com maior prioridade de gestão (sim por que você não terá tempo e nem grana para gerenciar todos os riscos identificados) e, consequentemente, os que precisam de respostas imediatas.

Utilizando o MS Project 2013 para apoiar a Análise Qualitativa dos Riscos – A matriz PxI

O que vamos fazer aqui, como sempre, é criar tabela e modo de exibição específico no MS Project 2013 para apoiar a Análise Qualitativa, produzindo no final uma matriz Probabilidade versus Impacto. Nesta tabela, faremos uso de alguns campos customizáveis e até mesmo de Lookup tables.
 
Vamos lá!
 
O primeiro passo é criar uma tabela específica que vou chamar de T01 – Análise Qualitativa de Riscos através da guia EXIBIÇÃO e do comando Tabelas no grupo de comandos Dados.
 
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Vamos selecionar a opção Mais tabelas para criar uma nova tabela.
 
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Vamos definir que esta nova tabela usa como base a tabela de Tarefa e, em seguida, clicar em Nova.
 
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Ao clicar em Nova, a caixa de diálogo Definição de Tabela para o projeto em questão aparecerá. Nela vamos informar agora o nome da tabela (definimos que seria T01 – Análise Qualitativa de Riscos) e os campos que utilizaremos na mesma.
 
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Os campos customizáveis que utilizaremos nesta tabela serão:
 
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Na sequência muito cuidado para não escolher a opção Aplicar, pois ela alterará o modo de exibição atual mudando a tabela utilizada por esta nova criada. Escolha a opção Fechar e vamos partir para a criação do modo de exibição.
 
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Para a criação do Modo de Exibição, vamos utilizar a guia EXIBIÇÃO e o comando Outros Modos de Exibição dentro do grupo de comandos Visões do Recurso.
 
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Selecione a opção Mais modos de exibição.
 
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Na caixa de diálogo Mais modos de exibição, selecione a opção Novo.
 
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Vamos utilizar um modo de exibição único.
 
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Agora, com a caixa diálogo de Definição do novo modo de exibição, vamos informar Nome, Tela, Tabela, Grupo e Filtro para caracterizar o novo modo.
 
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Importante deixar marcado a opção image pois permitirá com que este novo modo de exibição possa ser acionado diretamente do Menu do MS Project 2013.
 
E agora sim, com o novo modo marcado, clicaremos em Aplicar. Com isto, eu altero o modo atual para o novo modo criado.
 
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E o resultado final seria:
 
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Agora, faremos ajustes nos campos personalizados de Probabilidade (Número1) e Impacto (Número2) de tal forma que valores já venham pré-configurados para escolha do gerente do projeto. Ou seja, vamos criar Lookup Tables para estes dois campos personalizados com uma determinada escala de probabilidade (1= muito baixa; 3= baixa; 5=média; 7= alta e 9= muito alta) e impacto (1= muito baixo; 3= baixo; 5=médio; 7= alto e 9= muito alto).
Vamos lá.
 
Com o botão direito do mouse em cima do campo personalizado Probabilidade, selecione a opção Campos Personalizados.
 
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Na caixa de diálogo Campos Personalizados, verifique se o campo Número1 está marcado e, em seguida, selecione a opção Pesquisar.
 
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Com a caixa de diálogo de edição da tabela de pesquisa para o campo Número1 (Probabilidade), verificar as configurações abaixo. Destaque para a opção Permitir que itens adicionais sejam informados nos campos. Esta configuração impede com que os usuários informem dados que não estejam na tabela de pesquisa, garantindo a integridade.
 
Definimos também um valor padrão para a lista que é a opção Média.
 
No final, selecione Fechar.
 
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Faça o mesmo para o campo Número2 (Impacto).
 
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Por último, vamos ajustar o campo Número3 (Grau de Risco), que usará a fórmula Probabilidade (Número1) x Impacto (Número2) e será representado através de Indicadores Gráficos.
 
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Aplicando a fórmula, teremos:
 
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Aplicando Indicadores gráficos ao campo, teremos as seguintes possibilidades com a seguinte escala de severidade do risco (representada pelas cores):
 
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Os critérios então entrariam nos testes da seguinte forma:
 
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Dica: sempre começar do maior valor para o menor, pois o MS Project começa a testar de cima para baixo.
 
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Pronto. Vamos agora popular o Registro de Risco, com a análise qualitativa dos riscos
 
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Viu como é fácil. O MS Project pode fazer mil coisas por você. Invente uma!
Espero que este post tenha sido útil para vocês e até o próximo.
 
 
Alexandre Paiva, Project Manager and Microsoft Project enthusiastic.
Member of PMI Institute, PMP, PMI-RMP, PMI-SP, MCTS, ITIL Foundation
 
http://gerentedeprojeto.net.br/


Indicadores de Qualidade do Cronograma com apoio do MS Project 2013

Caros amigos do Professor Projeto, neste post de Alexandre Paiva, Project Manager and Microsoft Project enthusiastic, trataremos dos Indicadores de Qualidade do Cronograma, assunto de grande relevância para o mundo dos projetos.

2015-03-14_14-37-14
 
Um dos processos de planejamento do gerenciamento do tempo do projeto é o desenvolvimento do cronograma. Ele é responsável por verificar o correto sequenciamento das atividades promovido no processo 6.3 (sequenciar atividades), verificar os recursos estimados no processo 6.4 (estimar recursos), verificar as durações estimadas no processo 6.5 (estimar duração para atividades) e observar as premissas e restrições do projeto contidas na declaração de escopo para que o cronograma traduza a realidade do projeto.
 
Costumo dizer que este processo é um “processo de qualidade” – embora não seja – dentro do gerenciamento do tempo, pois analisaremos todo o trabalho realizado nos processos anteriores de tempo de tal forma que o cronograma fique aderente aos requisitos de prazo, custo e qualidade.
 
Sendo assim, precisamos “gastar energia” no desenvolvimento do cronograma sob o risco de gerarmos um cronograma e uma linha de base irreal.
 
A ideia deste post é auxiliar no trabalho de verificação de atributos, sequenciamento de atividades e do diagrama de rede gerado, da alocação de recursos e estimativa de duração das atividades.
 
Com base nesta necessidade, desenvolvi um modo de exibição do MS Project que verificará, através do uso de indicadores, todos estes pontos.
 
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Sequenciamento de atividades (Diagrama de Rede do projeto)
O primeiro conjunto de indicadores é composto por “Sem Predecessora” e “Sem Sucessora”. Ele verificará se entregas e pacotes de trabalho possuem predecessoras e sucessoras, caracterizando assim uma não conformidade com as melhores práticas. Explico: o processo 6.2 do PMBOK foca no sequenciamento de atividades (e não entregas e pacotes de trabalho) necessárias para produzir os pacotes de trabalho.
 
Além disso, este primeiro conjunto de indicadores verificará se existe alguma atividade do cronograma do projeto sem definição de predecessora e/ou sucessora definida para ela. Cabe lembrar aí que, conceitualmente, apenas o marco de início do projeto não possuirá predecessora e o marco de término não possuirá sucessora. As demais atividades deverão ter pelo menos uma predecessora e uma sucessora.
 
Alocação e estimativa de recursos
O segundo conjunto de indicadores analisará os recursos do projeto. O indicador “Verifica alocação de recurso” apontará se existe alguma atividade no cronograma que não possui recurso alocado.
 
Este indicador também observará se temos pacotes de trabalho e marcos com recursos alocados, representando assim um desvio das melhores práticas.
 
Outro indicador que compõem o segundo conjunto de indicadores – “Superalocação de Recursos” – verificará se uma determinada atividade do cronograma possui recurso superalocado. Isto acontecerá quando atribuirmos muito trabalho para um recurso em um determinado período de tempo.
 
Desta forma, com o auxílio deste indicador poderemos observar em que atividades aplicaremos o nivelamento de recursos, que é ferramenta/técnica prevista no processo Desenvolver o cronograma.
 
Estimativa de duração da atividade
Este indicador verificará se a atividade já teve sua duração estimada ou não. Na prática, toda a duração não estimada é representada no MS Project por um sinal de interrogação ao lado de sua duração (image)
 
Todos esses casos devem ser revistos e suas durações estimadas.
 
Declaração de escopo do projeto
A declaração de escopo do projeto leva informações de restrições de prazo para dentro do cronograma. Quando isto acontece, surge a figura das datas limite (deadlines) ou datas impostas (restrições de prazo).
 
Sendo assim, este indicador sinaliza a existência de uma data limite ou imposta para uma determinada atividade.
 
Atividade Crítica
Este indicador mostra as atividades críticas do projeto; ou seja, aquelas que influenciam diretamente no término do projeto. Se uma atividade crítica tiver sua duração reduzida ou antecipada, o término do projeto acompanhará diretamente esta mudança.
 
Para que possamos trabalhar na compressão do cronograma, é necessário identificar o caminho crítico do projeto com suas atividades. Feito isso,  poderemos aplicar Crashing ou Fast-Tracking, com o objetivo de otimizar o término do projeto.
 
Dirigida ao Esforço
Este indicador auxilia na identificação de atividades do tipo “dirigida ao esforço”; ou seja, a duração da atividade diminui ou aumenta à medida que os recursos são adicionados ou removidos a ela, enquanto a quantidade de esforço necessária para concluí-la permanecerá inalterada.
 
É importante distinguirmos estas atividades no cronograma do projeto. A combinação “atividade crítica” e “dirigida ao esforço” permite a aplicação de Crashing para redução da duração da atividade e, por definição, para a redução do término do projeto.
 
Folga Livre e Total
Estes indicadores mostram quando uma atividade possui folga livre e folga total. Com a existência de folga livre, podemos observar a quantidade de tempo que uma atividade poderá atrasar sem impactar o início mais cedo da sua sucessora.
Já com a folga total, podemos observar a quantidade de tempo que uma atividade poderá atrasar sem impactar o término do projeto.
 
Sem Linha de Base
Este indicador mostra se a linha de base da atividade foi gerada.
 
Alexandre Paiva, Project Manager and Microsoft Project enthusiastic.
Member of PMI Institute, PMP, PMI-RMP, PMI-SP, MCTS, ITIL Foundation
 
http://gerentedeprojeto.net.br/

 

Taylor, Ford, Sloan, Deming, Ohno, Nonaka, Takeuchi, Gerson

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